Diretor: Mike Figgis
Roteirista: Mike Figgis
Ano de lançamento: 2000
Gênero: Drama
Duração: 93 minutos
Elenco: Xander Berkeley, Stellan Skarsgård, Golden Brooks, Saffron Burrows, Salma Hayek, Holly Hunter, Jeanne Tripplehorn
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Sinopse: O diretor Mike Figgis (Despedida em Las Vegas) inova ao dividir a tela em quatro partes para contar a história de um misterioso assassinato. Quatro personagens principais estão no centro da história: um executivo do cinema e sua esposa, uma aspirante a atriz que está no meio de um caso e uma mulher cujas ações irão alterar para sempre seus destinos.
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Mais uma sessão do Cineminha na Liga aqui no Blog. Dessa vez o personagem principal é um diretor (e roteirista) inglês, chamado Mike Figgis. Figgis é um entusiasta do cinema digital e seus filmes tentam quebrar barreiras e preconceitos que muitos cinegrafistas ainda têm em relação ao video no cinema.
Ele mostra que é possível fazer filmes de qualidade com baixo orçamento, sem precisar recorrer à película e se submeter a todas as suas limitações. Dá um empurrãozinho em todos aqueles que possuem idéias na cabeça, uma mini-dv à mão, mas não têm coragem pra começar a filmar.
Minha opinião
Um experimento audiovisual. Uma tela dividida em quatro e um filme feito sem cortes, em tempo real. Hitchcock fez algo parecido no brilhante Festim Diabólico, filme realizado com apenas um corte (quem não se lembra do zoom in e out nas costas de um dos personagens?), mas não com a extensão e ousadia do Mike Figgis. O roteiro deixa a desejar, é verdade, mas a sincronia entre as "cenas" compensa. Ensaios e improviso. Tudo na medida certa.
Alex é o galã às avessas. Executivo do cinema, atravessa a meia-idade utilizando sua posição social para arrumar sexo com aspirantes a atriz. Cheira o tempo todo (aliás, qual personagem ali não é adepto ao pó?), trepa num cantinho com uma de suas amantes, enquanto sua mulher sofre de crise existencial na sala ao lado. Diz querer largar tudo e ir viver em Toscana. Propõe isso à sua mulher e à amante (Salma Hayek interpretando a maior biscate de sua carreira), porém fica claro que ele não abdicaria de suas facilidades para ter uma vida mansa em uma região remota da Itália. É tudo tipo.
Em termos de história não há muito o que falar, mas a narrativa se torna interessante pela escolha estética do diretor. Pode se tornar confuso em alguns momentos, mesmo com a edição de som ajudando a identificar os "diálogos-chave" para ninguém se perder no meio do caminho. É, sem dúvida, um filme para iniciados e não para iniciantes (não havendo nenhum tipo de julgamento de valor neste enunciado).
* Destaque para a Holly Hunter (mesmo num papel sem destaque), sempre maravilhosa.
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Trecho do filme:
** Leitura indicada: Digital Filmmaking - Mike Figgis / Faber and Faber, Inc. 2007
** Leitura indicada: Digital Filmmaking - Mike Figgis / Faber and Faber, Inc. 2007
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