quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Sei que devo ir
Não sei como vou
Nem com quem
Nem quando
Nem de onde sairei
Mas sei que devo.
É que sei que já andei tanto
E tanto isso me pesa
Que parece curvar minha jovem coluna
Por isso sei que tenho que ir.
Sim, será mais um caminho
Você pensará!
Mas o caminho será mais leve agora.
Que me perdoe o meu passado que me fez
As horas afogadas
Os beijos não dados
E os amores que não vivi
Os que vivi também, aliás.
Que ponham nessa conta também os de longe,
os esquecidos,
os venerados
e, finalmente, o eterno.
Que me perdoe o meu presente
Que me constrói todos os dias
E me resguarda dos percalços.
Você talvez não acredite
Mas em todos esses anos
A única coisa que fiz
Foi forrar-me de luz
E talvez acredite menos ainda
Que, para o caminho pretendido
Apenas isso me serve
Porque mais vida,
Muito, muito mais vida
É o que me espera.