Amei-te tantas vezes. Umas vinte e duas.
Enquanto te amava, cerca de 40 diferentes beijos molharam minha boca.
Abraços, então, esses foram aos milhares.
Permaneci acordada um ano de noites, jurando, em cada dessas noites, que talvez minhas 22 fases de amor por ti, teriam que algum dia ter um fim.
Somente um.
Os recados sutis de amor existiram em numerais incalculáveis,
enquanto a primeira loucura ainda se convertia, dela mesma, em trezentas explosões pintadas, majoritariamente, de vermelho.
Tantas foram as vezes, tantos os numerais, que não consegui contá-los todos. Às vezes, nem ao menos dividi-los.
No final, meu amor foi centrifugado. Aquela quantidade assombrosa virou uma coisa bruta, destilada.
Meus prováveis 22 estágios de amor já não contêm mais dor.