Se existe uma coisa da qual eu não posso reclamar, é de que a minha vida é sem aventuras.
Lógico, não chega a ser assim um ano de política brasileira, mas é um lance assustador a quantidade de aleatoriedades que me surgem, senão o tempo todo, mas de tempos em tempos.
Saca aquele filme que mostra o efeito borboleta? Parece que é isso que está acontecendo comigo. São várias coisas ao mesmo tempo, várias decisões que eu tenho que tomar, e que podem afetar fortemente como será a minha vida. E não falo de um futuro distante. Falo de um futuro muito próximo. É como se cada pequena decisão que eu tomasse agora, tivesse o poder de me catapultar pra destinos completamente diferentes. Isso já acontece com todo mundo, evidentemente. A diferença, desta vez, é que eu estou enxergando as possibilidades da minha tomada de decisões. Eu posso tanto estragar tudo, quanto posso ser presenteada pelo acaso. Eu posso tanto esperar pra ver no quê que dá, quanto perder oportunidades que, talvez, não apareçam mais, pra coisas que eu quero e espero há muito tempo, já.
Sei lá, cara. Cansei de esperar. Cansei de coisas irrealizáveis. Sabe aquela sensação que tem um mundo lá fora e você se enclausurou por conta das impossibilidades, que você já até sabia que eram impossíveis?
Eu tô confusa. Eu queria ser mais desapegada com as coisas, com as pessoas, sei lá. Mas é foda.
Vai dar certo. Sempre dá.