Esperando da vida a oportunidade do abraço sem medos. Do enlace tranquilo. Esperando da vida que o alvo dos meus desejos veja que a história é nova, que tudo é novo e que nada mais poderá se repetir, mesmo que assim pareça. Estou dando de mim o que eu pensei que não daria: um pedaço do meu medo (aquele medo normal), pra saber se tem coragem. Esperando novamente que a saudade venha e nos cobre os seus direitos, porque ela cobra, sem qualquer dúvida. E esperando que essa espera não seja vã ou tola como já foi um dia. E tendo a consciência intranquila de que a espera não pode ser demorada demais, por que o meu medo é precioso demais pra que eu dê por muito tempo. É muito de mim. Quero, porque quero e preciso como eu ainda não havia precisado (ou como não sabia que precisava).
Espero que não se furte da felicidade que eu quero tanto dar, mas isso
precisa ser querido também. Por muitos anos eu dediquei amor unilateralmente.
Eu gostaria muito que, dessa vez, os quereres se ressincronizassem, que os
medos fossem superados e que nós pudéssemos viver em plenitude esse nosso
tempo, esse momento em especial, que eu temo que passe e nós nos percamos pra
sempre, como eu já vi acontecer, como eu já fiz acontecer.
Vida, louca e querida, te deixo mais um pedido, mais um dentre todos os
guardados que eu tenho no coração: que o nosso tempo não passe e que a vontade
seja tão grande que suplante o medo.
("E quantos segredos trazem o coração de uma mulher?" Perguntou Zé Ramalho.)
08/04/13 – às 11:42. Uma pausa pra pôr pra fora.