quarta-feira, 19 de março de 2008

Teatro: Festival de Curitiba

Puxando um pouco a minha sardinha, vou fazer um merchand de uma das coisas que Curitiba (minha amada cidade) tem de melhor: O Festival de Curitiba.
Nas primeiras edições restrigia-se apenas ao teatro, hoje existem mostras paralelas de música artes plásticas, dança, cinema, entre outros.
Começa hoje, 19/03 e vai até o dia 29/03, ou seja, 10 dias em que a cidade "respira" cultura e fica muito mais interessante.

O Festival de Teatro de Curitiba nasceu numa mesa de restaurante. Sem saber ao certo o alcance e a força das idéias que ali surgiram, um grupo de jovens amigos dava os primeiros passos para o que viria a ser um dos mais importantes eventos de teatro da atualidade. Os estudantes Leandro Knopfholz e Carlos Eduardo Bittencourt, então com 18 e 22 anos, tinham acabado de ver a peça New York, New York, de Edson Bueno, no Teatro Guaíra e resolveram esticar a noite num dos diversos restaurantes da cidade. Enquanto escolhiam os pratos do cardápio, lamentavam o parco número de peças de teatro em cartaz na cidade. Leandro, talvez entusiasmado pelo espetáculo que tinha acabado de ver, sugeriu ao amigo que ao invés de apenas lamentar, poderiam organizar um festival na cidade. Carlos ficou na dúvida, mas Leandro lhe desarmou com um célebre "Por que não?”.
A partir daí começou o corre-corre: campanha, patrocínios, programação e produção. Leandro e Carlos chamaram os amigos Cássio Chamecki e Victor Aronis Em dezembro de 1991 eles promoveram a festa de lançamento do Festival, que iria estrear no dia 19 de março do ano seguinte. Ninguém acreditaria que aquela idéia, surgida em uma conversa de restaurante, seria realizada com tanta agilidade, e nem que duraria tanto.

A Edição 1992 do Festival trouxe ao Paraná grandes nomes do teatro brasileiro, como Antunes Filho, José Celso Martinez Correia e Gabriel Vilella. Quando viram os convidados no saguão do hotel, os amigos sentiram um frio na barriga: "Meu Deus, olha só o que a gente fez".

Ao longo desses anos, 1607 espetáculos para um público estimado em 1,2 milhão de pessoas.

Aqui, se encontra a programação da mostra Fringe, a oficial. Existem muitas mostras paralelas, inclusives espetáculos gratuitos, encenados nas ruas, nas praças, bibliotecas, escolas, bares...

Um comentário:

Agatha disse...

Precisamos de um desses aqui no Rio. Dizem que o Festival de BH também é muito bom, mas lá acho que rola apenas teatro mesmo.