sexta-feira, 27 de novembro de 2015

O ano dos abraços

Nunca foi tão visível a necessidade de abraços.

Talvez, dentre os que tenho memória, esse foi o ano em que eu mais precisei deles, já sendo grande, tendo a consciência plena de seus efeitos. E fui abraçada por tudo. Seguraram meu peso por morte, solidão, amor, desgraçamentos gerais, amizade, alegria, felicidade e, desconfio, em grande parte, por eu carregar um rechonchudo par de seios. Sim, teve tudo isso.

Nessa semana, me abraçaram espontaneamente. Viram-me, entenderam e abraçaram, como os amigos fazem. E eu lá, emocionada entre tanto carinho gratuito aliviando aquelas necessidades, entre tanta vida que surge do nada na vida da gente.

Claro, vários abraços me faltam. Um em especial, pra sempre. E não haverá que o iguale. Mas vou abraçando o mundo e as gentes como posso, recebendo o amor daqui e dali e forrando meu coração para o muito de vida que ainda há por vir.

Que o novo tempo seja bom. Que o que já se faz velho, dê lugar ao novo. Que não me faltem os abraços e que eu precise deles por melhores motivos.



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