Não, não é. Eu acabei de assistir a um filme morto de lindo e queria escrever em algum lugar as coisas bonitas que vieram na minha cabeça depois que eu terminei de vê-lo. Eu teria feito isso no meu diário, se eu ainda tivesse um diário. Mas vou fazer de conta que aqui é ele, então não vou me importar tanto com estilo, se tá aquele texto bem fechadinho, dentre outras bobagens.
Eu só estou com uma melancolia muito grande pra deixar passar. Não sei, uma melancolia daquelas boas. Alguma coisa que te puxa pra um passado de lembranças que nunca vão se apagar, mesmo que se passem mais dez anos. Mesmo que se passe mais um. Eu sei bem do que estou falando. Depois que o filme acabou, eu fiquei calada por um bom tempo, até ligar o notebook pra escrever. Na minha cabeça, mesmo durante as cenas do filme, eu ficava me lembrando dos meus amores juvenis e de como eu sabia obstinadamente o que eu queria pra cada pedacinho da minha vida: não havia espaço pra meios-termos ou dúvidas. Mesmo as impossibilidades eram certas. Deus! Como me fizeram sentir viva, as minhas paixões.
Há algo que me puxa sempre pra eternidade delas. Eu não sei entender direito o porquê. Eu ainda sou daquelas que, no fundo, sonha um amor recíproco, calmo e ao mesmo tempo, intenso. Nessas horas é que eu posso jurar que a Vida não me ensinou nada, que eu ainda não aprendi da fluidez das coisas... Mas não sei, é algo que me preocupa, porque sei também que espero, o que é muito mais grave do que "apenas" sonhar.
E aí vêm as perguntas ardentes no meu cérebro: Quem, de fato, sou eu? Uma jovem de 23 lutando pra conseguir os seus sonhos. Mas quais são todos os meus sonhos? O que está, de verdade, aqui dentro pulando feito um doido no meu coração pra se libertar? Eu estarei ainda à mercê de amores mal curados? Parece que eu ainda tenho uma vida a enfrentar de expectativas que eu não consigo deixar de fazer, não correspondidas, pela frente. Mas, ao mesmo tempo, quem serei eu se não forem essas mesmas expectativas de felicidades? Que me perdoem os facilmente escandalizáveis, mas eu sinto que há algo de grandioso esperando por mim. Desde pequena, desde que consigo me lembrar. Por mais estranhas e difíceis que as coisas fossem em determinados momentos, eu apenas sabia que nada seria daquele jeito pra sempre. De fato, tudo mudou. E eu me pego espantada, sem ter a mínima ideia do que pode me acontecer daqui pra frente. Eu rio, porque eu simplesmente não tenho a MENOR NOÇÃO de pra onde a Vida vai me levar, porque Ela já deu mostras de que é extremamente renitente em mim. Totalmente teimosa e fantasiosa. Não, ela não se larga fácil. Veio uma porrada de lágrimas que embaçam a tela, mas ainda bem que eu aprendi a digitar sem olhar. HAHAHAHAHA Porra! Como assim, cara? Vai dormir, Jamila.
Há alguma coisa... Há algum mundo... Eu, de novo, não sei. Parece que eu vou terminar esse texto e passar mais algum tempo calada. Deus, meu bom Deus, pra quê tanta alma? rs
Boa noite pra mim, Jamila.
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