Eu queria, moço, só segurar na tua mão... Queria que ela ficasse apertada na minha, até que elas suassem.
Eu queria, moço, caminhar numa praia, contando-te as histórias dos meus anos passados.
Eu queria, ah, se queria, conversar horas e horas contigo, deitados na minha cama de solteira, olhando nos teus olhos, sorrindo no canto da boca.
Queria te contar todas as besteiras que acumulei na vida, até que chorássemos de rir, os dois.
Queria que tu sentisses esse mesmo calor que sinto no peito agora.
Eu queria te abraçar,
com minha alma,
com meus seios,
com os meus desejos...
Queria correr ao teu encontro e te dar um beijo no olho. Sim, no olho. Melhor: nos dois olhos.
Depois, na ponta do teu nariz...
E então, no teu queixo...
E enfim, na tua boca. Só um pouquinho, e mais um pouquinho e mais um pouquinho e...
Eu queria que tu te deixasses querer.
Mas, é pedir demais, eu acho. Ah, moço... Não sabes o que estamos perdendo...
4 comentários:
Não vi nada piegas. Você escreve lindamente e com a alma, como só os verdadeiros poetas sabem fazer. Eu também tenho medo que as pessoas leiam o que escrevo, e olhe qe eu já tenho 58 anos e não deveria mais ter medos. Nada sei de métrica e de rima também, mas algo me diz que eu não preciso delas quando quero falar de sentimentos e desejos. Fique bem, você não precisa se desculpar.
A beleza sutil dos teus textos é um punhal no coração de qualquer apaixonado, bela Jamyyy.
Trovinha, meu querido, parece que não produz o efeito no MEU apaixonado. =( É a vida...
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