Há uma lua no céu brilhando como nunca e eu aqui, escrevendo pra não explodir.
Não é verdade que sempre existiram soluções pro que não se achava possível?
Inventaram a lâmpada, a roda, o fogo (esse descoberto).
Eu queria uma solução pros meus impasses. Quero inventar a minha roda, ou talvez minha engrenagem, pra que a minha vida vá. Não que me fuja como das outras vezes.
É tão difícil não chorar quando o mundo se apresenta tal como eu o vejo por vezes. Tenho medo de não ver o mundo com cores sempre.
Pois que esteja decidido: todas as vezes que o mundo estiver em preto e branco, que eu considere como as fotografias que ficam mais artísticas e mais bonitas desse jeito.
Que toda vez que ele estiver em sépia, que eu lembre de um céu amarelado que uma vez fez em Bacabal, logo depois das chuvas de janeiro, com um arco-íris sem cores, mas impressionantemente lindo.
Que toda vez que o mundo estiver somente negro, que eu lembre da janela desse quarto que não é meu, e me lembre da lua gloriosa que está agora e, com isso, lembre que não há escuridão que não ressalte alguma coisa e que eu possa lembrar também da felicidade que eu já toquei por várias vezes, para que as cores voltem.
Amém.
Às 1:25 de 11/07/2011
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