
segunda-feira, 6 de outubro de 2008

quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Ela muda todos os dias, e é a mesma... Nunca será o tipo de mulher a quem se diga “ Continue sempre assim”...até porque, mesmo que fosse possível ela não quereria...enjoaria de si mesma!
Ao longo da semana pensei em coisas ótimas pra escrever pra ela nesse dia...não pude faze-lo...e aquelas coisas legais que eu pensei, frases bem construídas se perderam na minha mente anuviada... Resta dizer aquelas coisas que ela já sabe, ou espero que saiba...
Eu a amo muito...de um amor de irmã preferida... Quero tanto bem a ela quanto quero a mim mesma...Espero estar com ela em seus momentos cruciais e poder ser útil...tipo casamento...na alegria e na tristeza, sem aquele negócio da morte nos separando...
Posso dizer que praticamente todas as coisas boas que aconteceram comigo recentemente tiveram a ajuda dela...Mais que isso...ela me obriga a fazer o melhor pra mim... Me mostra as coisas mais interessantes... Desperta o gosto por café... Traz novos e deliciosos vícios pra vida diária... Traz os melhores amigos...
Ter lugar VIP no coração dela é uma grande alegria... Tornei-me sócia GOLD e não deixarei de ser jamais...ela tem a minha torcida organizada...Estarei sempre lá balançando os pompons *\0/* *\0/* *\0/* *\0/* *\0/* *\0/* *\0/* *\0/* *\0/* *\0/* *\0/* *\0/* *\0/*
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
PEDAÇOS DE MIM - Martha Medeiros

sábado, 20 de setembro de 2008
Algumas palavras sobre Liberdade - Clarice Lispector

"Se eu me demorar demais olhando "Paysage aux oiseaux jaunes", de Klee, nunca mais poderei voltar atrás. Coragem e covardia são um jogo que se joga a cada instante. Assusta a visão talvez irremediável e que talvez seja a da liberdade. O hábito de olhar através das grades da prisão, o conforto de segurar com as duas mãos as barras, enquanto olho. A prisão é segurança, as barras, o apoio para as mãos. Então reconheço que a liberdade é só para muito poucos. De novo coragem e covardia se jogaram: minha coragem, inteiramente possível, me amedronta. Pois sei que minha coragem é possível. Começo então a pensar que entre os loucos há os que não são loucos. É que a possibilidade, que é verdadeiramente realizada, não é para ser
entendida. E à medida que a pessoa quiser explicar, ela estará perdendo a coragem, ela já estará pedindo; "Paysage aux oiseaux jaunes" não pede. Pelo menos calculo o que seria a liberdade. E é isso o que torna intolerável a segurança das grades; o conforto desta prisão me bate na cara. Tudo o que eu tenho aguentado – só para não ser livre"
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Queria te dizer...
Queria falar desses sonhos em que eu te vejo nos meus braços e sem uma só palavra, nós nos unimos, como as gotas se unem e formam as chuvas... (Eu não sei o que me deu hoje, me desculpe, eu estou muito envergonhado, isso não vai mais se repetir!)
Queria te dizer que os mais cheirosos dos incensos não têm o mesmo poder que o cheiro dos teus cabelos e que quando o aroma penetra por minhas narinas, eu entro em transe profundo. (É, realmente, esse shampoo que você usa ficaria ótimo nos cabelos de minha irmã, também acho!)
Queria te dizer que tua pele é tão fresca e tão deliciosa quanto um cobertor de linho fino, quando se está no frio. E que quando tu passas e sem querer roças teu seio no meu peito o mundo pára e meu coração se enche de vida! (Não precisava ter me dado esse tapa! Foi apenas um elogio!)
Queria te dizer que eu preciso que você cuide de mim... (Querida, cheguei! *smack* onde estão as crianças?)
terça-feira, 19 de agosto de 2008
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
O Dia em que faremos contato

A nave quando desceu, desceu no morro
Ficou da meia-noite ao meio-dia
Saiu, deixou uma gente
Tão igual e diferente
Falava e todo mundo entendia
Os homens se perguntaram
Por que não desembarcaramem São Paulo, em Brasília ou Natal?
Vieram pedir socorro
Pois quem mora lá no morro
Vive perto do espaço sideral
Pois em toda via Láctea
Não existe um só planeta
Igual a esse daqui
A galáxia tá em guerra
Paz só existe na terra
A paz começou aqui
Sete Artes e dez mandamentos
Só tem aqui
Cinco sentidos, terra, mar, firmamento
Só tem aqui
Essa coisa de riso e de festa
Só tem aqui
Baticum, ziriguidum, dois mil e um
Só tem aqui
A nave estremeceu, subiu de novo
Deixou um rastro de luz do meio-dia
Entrou de volta nas trevas
Foi buscar futuras levas
Pra conhecer o amor e a alegria
A nave quando desceu, desceu no morro
Cheia de ET vestido de Orixá
Vieram pedir socorro
E se deram vez ao morro
Todo o universo vai sambar...
segunda-feira, 28 de julho de 2008
Pedido a um velho amigo

Em que tanto imaginei formas
Que tanto me apaixonei
Céu que me buscava
Céu que eu aprontava
Que eu me quebrantava
Céu que eu já tive
Céu que me percebia
Que me recebia
Céu que me ouvia
Nas minhas inocentes reclamações pueris
Mas que nunca ficava indiferente.
E quando a noite chegava
Nesse céu brotavam companheiras
Pequenas estrelas de prazer
Que me enlevavam
Que me faziam suas irmãs
Me davam beijos doces e fraternais
E que me punham pra dormir
Soprando o mais carinhoso dos ventos
E nem em sonho elas me deixavam
Elas sabiam dos meus segredos...
As nuvens eram meu alimento
Que me sustentavam na fraqueza
Que me deixavam robusta
Na esperança de ver o céu outra vez
- Pobre Céu, meu amigo
O que foi que fizeram contigo?
Que andas tão triste
Tão cinzento e obscuro
Abra um sorriso e anoiteça com minhas irmãs
Que eu amanheço meu coração.
sexta-feira, 11 de julho de 2008

dentro dos seus grandes olhos lagos
dentro dos seus grandes lábios logo
dentro do seu grande peito fogo
dentro de sua grande alma anjo
dentro de seu corpo gente
dentro de mim
dentro de sua boca riso
dentro da cabeça sonho
dentro de seu braço arco
dentro de sua pele febre
dentro de sua vida laço
dentro de mim
dentro em breve
dentro em breve
dentro de mim
dentro do cabelo pente
dentro do tecido saia
dentro do desejo beijo
dentro do quarto crescente
dentro do seu centro entro
dentro de mim
dentro do seu filho parto
dentro da família ente
dentro do umbigo rente
dentro da pessoa sempre
dentro da sua semente
dentro de mim
dentro do possível hoje
dentro do limite urgente
dentro de onde você mora
dentro do calor da hora
dentro de você agora
dentro de mim
dentro em breve
dentro em breve
você precisa
Chico César.
Saudade de postar aqui... passei por uma semana estranha... Que começou com uma muito boa notícia, com crise existêncial no meio e com um fim de semana sem muita perspectiva... Se bem que, não posso tentar prever o futuro, vai que esse fds me surpreende!!!
Pensando agora nessa crise, acabo de me dar conta de que, apesar dos pesares, eu me mantive, com a postura e as crenças debatidas... é estou contente!!!
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Tudo que eu fiz até hoje...

Tudo o que eu fiz até hoje foi só rir do sem graça, foi também chorar depois de ter feito uma coisa que não deveria ter feito, foi só ver a efemeridade da vida, foi só andar na direção do que eu acho correto, quebrando a cara sucessivas vezes.
Tudo o que eu fiz até hoje foi só amar, amar mesmo, amor de verdade, amar quem me cerca, amar quem me ama e, às vezes, até quem não me ama também. Tudo o que eu fiz foi só ser poeta, foi olhar pro céu cheio de estrelas e começar a contá-las uma por uma, imaginando que elas fossem bem pequeninas, menores que o dedo que as apontava.
Tudo o que eu fiz foi respirar bem fundo quando sentia um cheiro bom, foi fechar os olhos durante a noite na rua, foi olhar pra lua com muito respeito e imaginar como seria se nós pudéssemos fazer várias viagens interplanetárias por ano, nas férias de Dezembro.
Tudo o que fiz foi olhar o céu extremamente azul da minha cidade e contemplar as nuvens, imaginando formas, vendo ovelhas e outras figuras inimagináveis.
Tudo o que fiz foi fazer das minhas noites insones, as mais agradáveis possíveis, assistindo os filmes que passam, que, aliás, são os melhores, não sei se tenho essa impressão por que é mais emocionante ligar a televisão de madrugada, com o risco de acordar todos os que dormem e ver que só está passando aquilo e que eu tenho que aproveitar de qualquer forma, ou se as pessoas colocam mesmo, de propósito, os melhores filmes de madrugada pra incentivar os telespectadores a ficarem acordados com a TV ligada.
Tudo o que eu fiz até hoje foi sonhar, sonhar com o futuro e sonhar com o passado também, sonhar com os meus anseios, sonhar com amores, sonhar com essa vida.
Tudo o que fiz foi amar a água, sentir que ela consegue me tomar por inteiro, sentir que ela pode me fazer quase voar.
E tudo o que eu fiz até hoje eu quero continuar fazendo até o fim dos meus dias.
Tudo o que eu fiz até hoje foi por diversas vezes, ignorar que eu já tenho quase 18 anos e que garotas dessa idade não brincam de baleada, nem sujam, os seus pés de terra com as crianças menores.
Tudo o que fiz foi tentar não deixar de ser uma eterna criança, uma mulher que o tempo não estragou.
Só quero que, no dia que eu não estiver mais entre nós (daqui a muito, muito tempo mesmo), as pessoas digam: foi feliz quem escreveu isso...
terça-feira, 10 de junho de 2008
Ego / Id / Superego
Meu Ego
(Roberto Carlos e Erasmo Carlos)
Por favor, meu ego
Chove chuva na sua boca
E você não bebe
Há palavras, existem letras
Mas você não forma
As frases loucas que cultiva por aí
Fale pelos cotovelos, e pelos joelhos
Me critique sem razão
Se omitir não vale à pena
Mas não polua minha cultura
Não venha dividir comigo sua auto-censura
Me desencontre, não me prostitua
Se não seremos mais uma carcaça em desgraça por aí
Depois disso eu notei que não saberia definir o que era exatamente o EGO, que é que eu fiz? GOOGLE!!!
Saquem só!!!!
Ego é o centro da consciência inferior, diferente do Eu que é centro superior da consciência. O Ego é a soma total dos pensamentos, idéias, sentimentos, lembranças e percepções sensoriais. É a parte mais superficial do indivíduo, a qual, modificada e tornada consciente, tem por funções a comprovação da realidade e a aceitação, mediante seleção e controle, de parte dos desejos e exigências procedentes dos impulsos que emanam do indivíduo. Obedece ao princípio da realidade, ou seja, à necessidade de encontrar objetos que possam satisfazer ao id* sem transgredir as exigências do superego
Quando o ego se submete ao id, torna-se imoral e destrutivo; ao se submeter ao superego, enlouquece de desespero, pois viverá numa insatisfação insuportável; se não se submeter ao mundo, será destruído por ele.
Id: Formado por instintos, impulsos orgânicos e desejos inconscientes e regido pelo princípio do prazer, que exige satisfação imediata. É a energia dos instintos e dos desejos em busca da realização desse princípio do prazer. É a libido.
Superego: Representa a censura das pulsões que a sociedade e a cultura impõem ao id, impedindo-o de satisfazer plenamente os seus instintos e desejos. É a repressão, particularmente, a repressão sexual.
Diga se não é uma coisa complexa pra caramba =D
Bem na verdade eu só queria compartilhar minha breve pesquisa com vocês!!!!!
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Cinema: Philippe Barcinski
O fato é que atualmente, Barcinski é, pra mim, o nome do curta-metragem nacional. Tive contato com o trabalho dele num festival de curtas que rolou no RJ, onde foi apresentado Palíndromo, filme com excelente montagem e roteiro "redondo".
Em 2007 ele se sentiu seguro para dirigir seu primeiro longa, "Não por acaso", assinando o roteiro, e levando alguns prêmios pra casa. Tô baixando o filme agora, e depois que eu assistí-lo atualizo o post.
quarta-feira, 4 de junho de 2008
EROS E PSIQUÉ
Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada...
Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem....
A Princesa adormecida,
Se espera, dormindo espera,
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera....
Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado,
Ele dela é ignorado,
Ela para ele é ninguém....
Mas cada um cumpre o Destino
- Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada...
E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora...
E, inda tonto do que houvera,
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia.
(Fernando Pessoa)
A PORTA ESPELHADA

Engraçado como aquilo aconteceu! Pôxa vida, um casamento causado por uma mania por espelhos!
Vou explicar melhor: Ele fazia um cursinho, já tinha 26 anos e estava se preparando pro seu 12º vestibular, já havia passado em três – de História, Jornalismo e outro de Artes Cênicas – mas parou no meio dos três, acho que não era aquilo que ele estava buscando. Era um cara tranquilão, trancado e só se achava legal, só se achava um cara bonito quando se via em algum espelho.
Já Marcela, era uma típica maranhense, quer dizer, sua fala não tinha sotaque, assistia BBB, bebia Guaraná Jesus, ia todo o final de semana pra praia e odiava os governantes, todos – os atuais, os antigos e até mesmo os que ainda estavam por vir! – se bem que essa descrição que se fez do Maranhense é quase igual a de todos os brasileiros. (Menos a parte do Guaraná Jesus e da fala sem sotaque.) Tinha 23 anos e aquele emprego no Cursinho era o primeiro que arranjara.
Juliano, o cara dos espelhos, passava todos os dias pela secretaria e como a porta era toda espelhada, o rapaz não resistia, era sacanagem demais, golpe baixo aquele espelhão dando mole pra ele daquele jeito.
E o moço ficava sentado no banco paralelo à porta, no outro lado, fazendo cara de sedutor apaixonado, fazendo cara de quem queria conquistar uma pessoa pelo olhar...
Tornou-se um hábito, todas as noites, nos intervalos para a troca de professores, Juliano ia lá pro seu banquinho se admirar e se acontecia de alguém sentar-se ao seu lado, sairia chateado, pois Juliano só respondia com “ahans” e “é mesmos!”
Marcela ficava lá, na sua mesa dando pra porta da secretaria e que no lado de dentro não era espelhada. Doce ilusão, pensou que o rapaz estava tentando conquistá-la; até que nos primeiros dias tentou ignorar aqueles olhares sedutores, ficava no seu computador, digitando alguma planilha, mas de vez em quando dava suas olhadinhas de soslaio...
Do 15º dia em diante, já não conseguia mais ignorar, passou a sentir raiva daquilo. Aquele garoto não tem que fazer não? Ele tinha, ficar lá admirando-a mesmo depois dela ter mostrado a língua, o dedo, feito cara de mau e até puxado uma folha A4 e escrito em letras garrafais: VAI PROCURAR TUA TURMA, SEU CHATO! Mas o moço não ia...
Aquilo foi de uma persistência que a comoveu, procurou saber o nome do rapaz, a idade, se tinha antecedentes criminais, estava melhor que James Bond no quesito serviço secreto, e depois de ter analisado todo o histórico do rapaz, acho que seria uma coisa boa pra se investir, afinal, se ele estava ali num Cursinho, algo de bom na vida ele queria ser!
Mas um dia aconteceu um incidente: outra funcionária que veio de casa estressada não mediu a força que empregou na hora de fechar a porta espelhada e a mesma se quebrou, se partiu em vários pedacinhos, mas não se partiu tanto quanto o coração de Marcela...
No outro dia quando chegou no serviço – o episódio aconteceu depois que ela já tinha ido pra casa, ela só trabalhava meio turno – a porta já havia sido substituída por outra de vidro, só vidro, nada de espelhos e naquele dia também, Juliano passou direto pelo banquinho sem nem dar uma olhadinha pra Marcela.
Pobre coração dos apaixonados, a moça ficou tão atordoada com aquilo, ela poderia ter imaginado várias coisas, mas preferiu imaginar a pior: que ele de repente perdeu o interesse nela, e havia se interessado por outra moça, talvez da sala de aula, quem sabe e descartou Marcela como se fosse uma injeção mal dada na testa.
Ah, mas aquilo foi o fim, a secretária foi para o banheiro e lá derramou duas lágrimas afoitas, foram apenas duas, tão intensas quanto mil, recolocou a maquiagem e voltou com um sorriso mais que forçado. Decidiu que ia tomar uma atitude, não se trata assim o coração de uma mulher, não se ilude e depois se solta uma bomba nele, POMBAS!
Quando Juliano, alheio a tudo, estava sentado na mesa da lanchonete recapitulando alguma coisa da aula, ela veio por trás, passou a mão nos cabelos dele, inclinou a cabeça e deu um beijo – nossa! Mas que beijo! Parecia coisa de novela! - No momento em que descolaram os lábios ela simplesmente marcou sua mão na cara dele! E que força tinha aquela mulher, ficaram as marcas vermelhas no rosto dele e ela disse: Eu precisava desse beijo porque eu te amo, mas eu precisava te dar esse tapa pelo que você fez comigo!
Naquela noite, nenhum dos dois dormiu, ela chorando e cogitando seriamente a possibilidade de largar o emprego, a cidade, o país, tudo! E o pobre coitado na sua cama suspirando e pensando que aquela doida só podia estar confundindo ele com outra pessoa! Só pode! Mas aquele beijo ele não poderia esquecer... Que beijo... Levaria mais três tapas dela só pra mais um daqueles... O bichinho do amor o mordeu também!
No outro dia, ele chamou-a pra pedir explicações, ela falou logo que ele era um cínico, passava dias tentando conquistá-la e de uma hora pra outra a ignorou como se ela fosse algo descartável? Não precisou dizer mais nada, nesse exato momento Juliano compreendeu tudo! Percebeu que Marcela pensava que os olhares eram pra ela, entendeu logo que ela achava que seus olhares fatais de conquistador inveterado eram pra ela. Mas não quis estragar aquilo tudo revelando a verdade, aproveitou a oportunidade para dizer que apenas naquele dia não foi vê-la porque estava preparando algo pra falar, estava ensaiando a sua declaração de amor. Marcela já ia dar outro tapa nele por achar que era tudo mentira deslavada, mas não teve tempo, ele segurou o seu braço e deu outro beijo... Como beijava bem aquele mentiroso...
Ela acreditou (ou fingiu que acreditou) naquilo tudo e eles começaram a namorar. O tempo passou, ele passou no vestibular pra Medicina e ela tinha se tornado a Diretora do Cursinho. Resolveram se casar.
Um dia antes do casamento ele disse que precisava falar uma coisa pra ela! Marcela esperava tudo menos aquilo! Ficou pasma, achou que ele ia dizer que era gay ou que estava a traindo com outra, quando escutou a história do espelho da porta ficou estática e dois minutos depois soltou a melhor de suas gargalhadas, que contrastavam com a cara de choro que Juliano estava fazendo diante da tensão da revelação!
Hoje, são casados; ele é um médico com uma clínica recém-montada e Marcela abriu um Cursinho pra si. Fez questão de colocar um banquinho oposto a uma porta de vidro espelhado e a mesa da secretária de frente pra porta, vai que alguém mais tinha essa sorte?
Mês passado nasceram os dois filhos do casal, gêmeos, mas como eles preferem dizer: espelhados!
domingo, 1 de junho de 2008
LENDO E APRENDENDO ALGUMA COISA
« C.S. Lewis »
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Tristes tópicos
Em um salto descontínuo, amanhã vejo se sai algo que preste.
Boa noite, meus prezados -3 leitores! :)
sábado, 24 de maio de 2008
NA VOLTA PRA CASA - CRÔNICA
Ela não se deu conta que estava no meio da avenida em pleno meio-dia, seu estado de espírito era tão feliz que ela estava absolutamente só no mundo. Não abriu os olhos, não olhou em volta, não foi reparar se não havia alguém vendo, simplesmente deu vontade de dançar e ela dançou, também não era uma ótima bailarina, mas era agradável ver seu corpo se mexendo como se não tivesse ossos.
Não! Ela não foi atropelada e morreu, como você pensou que fosse o final dessa história, no momento que ela começou a dançar todos os carros pararam pra ver o que era aquilo. Pensaram que a moça estava louca, onde já se viu ficar daquele jeito em plena avenida movimentada...
Ela dançou e dançou e dançou e cantou e até gritou! Quando ela abriu os olhos e viu que todos estavam contemplando-a, deu uma gargalhada e foi pra calçada como se nada tivesse acontecido. Todos ficaram pasmos com aquilo, estava louca mesmo aquela menina... que mundo! Que mundo! Uma garota tão bonita...
Ela seguiu seu rumo com um sorriso no canto dos lábios, eles nunca saberiam que ela voltava de uma noite de amor...
quinta-feira, 22 de maio de 2008
Então, pintei de azul os meus sapatos
e colori as minhas mãos e as tuas,
Para extinguir em nós o azul ausente
azul sobre os vestidos e as gravatas.
Eu consigo lembrar do exato dia, do momento em que li esse soneto pela primeira vez... O ano era 1999 e eu estava no ônibus Rio Doce/CDU indo para a escola...
Era a celebração do Dia da Poesia, então dá pra saber que era março... estava em um cartaz colado no busão... A viagem era longa e o li diversas vezes e a cada vez que eu ia ficando mais encantada...
Ainda lembro que esse trecho foi o que eu mais gostei...
“E afogados em nós, nem nos lembramos que no excesso que havia em nosso espaço pudesse haver de azul também cansaço”.
Isso eu não sei porque, tinha então 14 nos...Faltava um mês pra eu dar o meu primeiro beijo...Faltavam dois anos pra eu conhecer o meu primeiro amor... Faltava muita vida ainda...
Bem...tudo isso pra dizer que Carlos Pena Filho foi o meu primeiro poeta... E muito feliz eu sou por ele ser pernambucano ( adoro puxar a sardinha pro meu lado ) , triste por ele ter morrido tão jovem... Os bons morrem antes, afinal.
E eu nem tava pensando em fazer um flashback... Que coisa!!!!
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Literatura: mini-conto-feliz
Quando a porta do carro bateu e ela engatou a primeira sumindo repentinamente da minha vida, percebi que tudo não passava de uma mentira minha. Eu a queria de volta. Meu desejo era que ela retornasse - após constatar que não saberia viver sem mim-, me pedisse perdão, assumisse seus erros e implorasse para voltar. Não lembro quanto tempo esperei para que isso acontecesse, mas a espera foi em vão.
Havia 3 meses desde que eu disse que ela não precisava voltar, e hoje percebo que realmente não precisava.
terça-feira, 20 de maio de 2008
Musica: Novamente - Ney Matogrosso

Você não dá valor ao que possui
Enquanto sofre, o coração intui
Que ao mesmo tempo que magoa o tempo
O tempo flui
E assim o sangue corre em cada veia
O vento brinca com os grãos de areia
Poetas cortejando a branca luz
E ao mesmo tempo que machuca o tempo me passeia
Quem sabe o que se dá em mim?
Quem sabe o que será de nós?
O tempo que antecipa o fim
Também desata os nós
Quem sabe soletrar adeus
Sem lágrimas, nenhuma dor
Os pássaros atrás do sol
As dunas de poeira
O céu de anil no pólo sul
Há dinamite no paiol
Não há limite no anormal
É que nem sempre o amor
É tão azul
A música preenche sua falta
Motivo dessa solidão sem fim
Se alinham pontos negros de nós dois
E arriscam uma fuga contra o tempo
O tempo salta
"Inclassificáveis, novo show de Ney Matogrosso, em temporada que termina hoje no Canecão e estreou na quinta-feira para 1.800 pessoas, põe o cantor em vantagem diante de outros artistas brasileiros, sobretudo pela sua conceituação. É ela que o deixa além de muitos trabalhos recentes da MPB e, em especial, do pop-rock nacional. A partir da música-título do show, feita por Arnaldo Antunes (um maracatu com versos como "Que preto/que branco/que índio o quê!/somos todos inclassificáveis") e da própria sensação que evoca na platéia, fica claro que o lema de Ney é a sua liberdade pessoal. Esta se estende para as letras que grava, para a produção de seus shows e para o passeio rítmico que, comandado por ele, vai do samba à música grega em minutos." Por Ricardo Schott - JB Online.